segunda-feira, setembro 29, 2008

Jornal de Porto Velho (RO) sofre intimidação e tem exemplares confiscados

No último sábado (27), o jornal Imprensa Popular, de Porto Velho (RO), teve cerca de 60 exemplares confiscados enquanto era distribuído regularmente na cidade. Por volta das 21h30, oito homens cercaram João Paulo dos Santos, coordenador da equipe de distribuição, o ameaçaram e lhe tomaram os exemplares.

Pouco antes, Santos afirmou ter recebido uma proposta em dinheiro para entregar todos os jornais que carregava. "O homem me perguntou um monte de coisa e depois perguntou se eu não queria ganhar alguma coisa em troca de todos os jornais que seriam distribuídos. Logo depois que recusei a oferta, uma pick-up S10 prata parou à minha frente, de onde desceram oito capangas", contou.

Os agressores seriam correligionários do prefeito da cidade e candidato à reeleição Roberto Sobrinho (PT). Segundo o coordenador, os homens disseram que o jornal "vivia batendo" no prefeito e, por isso, não poderia circular. "Me disseram que se eu continuasse a distribuir os jornais, eles iriam me pegar".

Outros distribuidores teriam testemunhado a tentativa de intimidação. A reportagem do Portal IMPRENSA entrevistou Gessi Taborda, diretor do Imprensa Popular, que explicou que esse tipo de intimidação acontece em todo processo eleitoral. "Não é a primeira vez que isso acontece; na verdade, é uma reação quase natural em Rondônia, a gente percebe claramente que a impunidade é quase natural aqui".

Segundo o diretor, a publicação sofre por tem uma linha de oposição ao prefeito, e as intimidações contra jornais pequenos são recorrentes porque não chamam a atenção da grande mídia. "Vamos fazer um boletim de ocorrência, mas não acredito que vá virar um inquérito e prosperar, porque isso nunca aconteceu. Não tenho esperanças que isso dê em algo", declarou.

Apesar das ameaças, Taborda afirmou que tem uma obrigação e não vai fugir dela "de jeito nenhum". "É aquela história, 'fora do poder não há salvação'. Como não me alio a poderosos, vamos continuar vigilantes, não vamos mudar nossa linha. Jornalismo que não faz oposição é, para mim, armazém de secos e molhados, como diria Millôr Fernandes".

O Portal IMPRENSA procurou a assessoria do prefeito, que afirmou que "não existe nenhuma orientação" do político no sentido de cercear a liberdade de imprensa. "O prefeito é a favor da liberdade de imprensa, ele é totalmente democrático. Temos dois jornais de oposição na cidade e ele nunca fez retaliação nenhuma", informou sua assessoria.

Redação Portal IMPRENSA

terça-feira, setembro 23, 2008

Além da estética Plano de Saúde deve cobrir cirurgia plástica reparadora

Quando a cirurgia plástica não é meramente estética, o plano de saúde tem o dever de suportar os custos com procedimentos cirúrgicos. Com base neste entendimento, o juiz Edson Luiz de Queiroz, da 3ª Vara Cível do Foro de Santo Amaro, mandou a Medial Saúde cobrir uma cirurgia estética para reparar o excesso de pele de uma consumidora. O procedimento foi feito pela empresa no último dia 29 de agosto.

De acordo com o processo, a autora fez uma cirurgia, em 2005, na própria Medial para redução de estômago e perdeu 62 quilos. Anos depois, solicitou a retirada do excesso de pele. O que foi negado pela empresa. Por isso, ela recorreu à Justiça.

No pedido, alegou que o excesso de pele agravou algumas doenças causadas anteriormente pela obesidade mórbida, como a hidroadenite (inflamação de glândulas onde surgem nódulos: furúnculos) e foliculite (inflamação dos folículos pilosos: na nascente dos pêlos do corpo).

De acordo com a defesa da autora, as dores das feridas a impedia até de fazer suas necessidades mais básicas, como ir ao banheiro, por exemplo.

O juiz Edson Luiz ficou convencido das alegações embasadas em fotos anexadas ao pedido. Assim, reconheceu que a cirurgia não era meramente estética e mandou a empresa suportar todos os custos dos procedimentos cirúrgicos e despesas.

A autora foi representada pelos advogados Cid Pavão Barcellos e Silvana Alves Scarance, do escritório Barcellos e Scarnce Advogados Associados.

Da Revista Consultor Jurídico.

sexta-feira, setembro 19, 2008

E a Veja? Chega de embromação. Ocultar a fonte pode. Ocultar o criminoso e o crime não pode.


No PIG (Partido da Imprensa Golpista), já estão mudando o foco de assunto para a mala "sobrenatural" cujos circuitos fabricados não intercepta, mas resolve interceptar sozinha.

Até agora, quem poderia mais ajudar a esclarecer tudo, está fugindo e se omitindo irresponsavelmente.

A revista Veja tem obrigação cívica, moral e legal de colaborar com as autoridade e dar pistas consistentes.

A Veja afirma que quem denunciou foi servidor da ABIN com documentos da ABIN.

Então se a Veja não estivesse mentindo, a fonte não seria quem grampeou, e sim seria denunciante de quem grampeou.

Não precisa revelar a fonte, mas precisa revelar os FATOS CRIMINOSOS que sabe, sobre quem grampeou, que tipos de documentos e de que setor teve acesso, a mando de quem esses documentos foram produzidos, de onde vieram esses documentos, ou as informações que deram origem à eles. Tudo isso tem jeito de ser repassado e publicado, sem comprometer a identidade da fonte.

Ocultar tudo isso, é ocultar crime.

Se a Veja não colabora, é cúmplice do crime.

Para aumentar as suspeitas, Gilmar Mendes sumiu quando a polícia baixou. E DEMóstenes Torres, um dos mais aguerridos "CPI-zeiros", está fugindo da raia da CPI.

Por: Zé Augusto

segunda-feira, setembro 15, 2008

Correios Online lança página em inglês


A agência virtual dos Correios - Correios Online – já tem seu braço internacional. Desde o final de agosto, quando a loja virtual comemorou seus dez anos de atividade, a página em inglês, acessada pelo endereço http://www.correios.com.br/colinternational, está no ar. A data coincide com o surgimento do comércio eletrônico no Brasil, o que comprova o pioneirismo da ECT ao investir no mercado que mais cresce no mundo. Os números justificam a criação desta nova opção: por ano, são mais de 200 mil acessos do exterior e, de 2007 até a primeira metade de 2008, 15,22% da receita das vendas à distância foram gerados por clientes de fora do País.

Assim como no Brasil, o cenário internacional do e-commerce revela que, a cada momento, os consumidores intensificam a busca por produtos e serviços na internet. Em razão da característica da internet de globalização de mercado, a loja virtual dos Correios vem conquistando cada vez mais clientes fora do País. Atualmente, a Correios Online tem 222 clientes ativos no exterior, que geraram em torno de 1000 pedidos desde o último ano. Por meio da loja virtual, os Correios disponibilizam cerca de 100 produtos, incluindo aerogramas, cartões-postais, embalagens para encomendas e o CD-ROM - Guia Postal Brasileiro Eletrônico. Os produtos mais procurados são os selos e os relacionados à filatelia, que atraem colecionadores de todo o mundo.

Os acessos à Correios Online são feitos de mais de 160 países, em especial Estados Unidos, Portugal, Espanha, Argentina, Reino Unido, França, Alemanha, Japão e Itália. Os franceses respondem por mais de 40% dos pedidos vindos de fora. Já os japoneses aumentaram as compras quando foram lançados o bloco e a camiseta em homenagem aos 100 Anos da Imigração Japonesa no Brasil.

O próximo passo, previsto para breve, é o lançamento da loja virtual também em espanhol, para atender a uma parcela do público internacional cada vez mais crescente e participante.

Da Assessoria de Imprensa dos Correios

sexta-feira, setembro 05, 2008

Opinião - Veja, Demos e o Impeachment de Lula


Como ocorre em todo o período pré-eleitoral, a oposição golpista se assanha para evitar desastres nas urnas – ainda mais porque a popularidade do presidente Lula bate recorde, inclusive na antes inexpugnável São Paulo. A marola desta vez se dá em torno das denúncias, não comprovadas, do grampo da Agência Brasileira de Informações (Abin) nos telefonemas do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes. Para conter a sangria, o governo novamente recua e afasta, "temporariamente", o comando da agência. A atitude, porém, não deve intimidar a sanha golpista da direita. O seu alvo não é a direção da Abin, mas sim o próprio presidente Lula.

A conspiração envolve figurinhas sinistras e carimbadas. A revista Veja, hoje o mais ativo antro da direita golpista, foi a primeira a "denunciar" a existência de um "estado policial" no governo Lula – logo ela que apoiou os generais "linha-dura" da ditadura. Numa reportagem apocalíptica, ela transcreve um anódino diálogo entre Gilmar Mendes e o senador-demo Demóstenes Torres e insinua que a escuta ilegal foi obra do governo. Não apresenta qualquer prova concreta, mas nem é preciso – foi assim na denúncia dos "dólares de Cuba" para o candidato Lula, das suas ligações com os "terroristas" das Farc, da remessa de dinheiro do filho do presidente para paraísos fiscais.

"Degradação Institucional" de Mendes

Com base no escarcéu do panfleto da famiglia Civita, outra figura curiosa atraiu os holofotes. O ministro Gilmar Mendes atirou para matar no governo Lula. "Não há mais como descer na escala da degradação institucional. Gravar clandestinamente os telefonemas do presidente do STF é coisa de regime totalitário. É deplorável, ofensivo, indigno", sentenciou. Seu destempero verbal confirma as sábias palavras do jurista Dalmo Dallari, pouco antes da indicação de Mendes para o STF. "Se for aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional".

Em curto espaço de tempo, o advogado-geral da União no triste reinado de FHC e indicado por este para o TST já deu mostras das suas "afinidades". Na sua posse, repleta de tucanos e demos, fez questão de atacar, gratuitamente, os movimentos sociais, em especial o MST. Ele também gosta de se meter na política, extrapolando suas funções de representante-mor do Judiciário. Mas seu gesto mais bombástico, que corrobora as palavras de Dallari, foi conceder dois habeas corpus ao mafioso Daniel Dantas. "Suprimir duas instâncias do Judiciário para soltar um banqueiro, dando-lhe foro privilegiado, não é degradação institucional?", indaga o jornalista Gilson Caroni.

A digital do mafioso Daniel Dantas

Aqui entra em cena a terceira figura sinistra desta conspiração, o banqueiro Daniel Dantas. Alvo de investigações da Polícia Federal, ele nunca engoliu o então dirigente do órgão, Paulo Lacerda, agora rifado da Abin. O "garoto de ACM" e assessor do ex-PFL, que fez fortuna com a privataria de FHC, é famoso por contratar espiões para bisbilhotar políticos e por sua influência no poder e na mídia. A PF garante que ele controla uma bancada de 18 senadores e 70 deputados. O suposto grampo da Abin serve para tirá-lo do foco dos escândalos, para aliviar a barra de Gilmar Mendes e para salvar os seus lobistas no Senado, os demos Demóstenes Torres e Heráclito Fortes. "Pelo menos, sou da bancada de um bandido que produz e gera emprego", confessa Heráclito Fortes.

De quebra, o complô Veja-Mendes-Dantas ajuda a elite burguesa corrupta e sonegadora, que não tolera algemas e investigações da Polícia Federal. O jornalista Paulo Henrique Amorim, o carma do mafioso, não vacila em afirmar que a espalhafatosa capa da Veja sobre o grampo ilegal serve a seus intentos. "Dantas destituiu o ínclito delegado Protógenes Queiroz, com a desculpa de que cometeu ‘excessos’. Dantas demite agora o Dr. Paulo Lacerda da Abin, numa patranha montada com a Veja e Gilmar Mendes". O general Jorge Félix, que teve negado o seu pedido de demissão da chefia do Gabinete de Segurança Institucional, também não descarta esta hipótese sinistra.

Uma nova ofensiva golpista

Mas o maior desejo da direita golpista com toda esta história podre é desgastar o governo Lula e, se possível, criar uma nova onda pelo seu impeachment. Esta ofensiva viria a calhar num ano de eleições municipais, em que o bloco liberal-conservador está fragilizado, dividido e teme perder espaços para a sucessão presidencial de 2010. Os demos, mais raivosos, não escondem o intento. "Ou o presidente Lula toma uma atitude rápida e aponta os responsáveis pelo grampo, ou ficará como o responsável perante a sociedade e terá de responder com base na lei do impeachment", explicitou o presidente nacional do DEM, o yuppie Rodrigo Maia, filhinho do prefeito carioca.

Já os tucanos, temendo um novo efeito bumerangue, marcaram reunião da executiva nacional do partido para "discutir o momento político e a crise entre os poderes". Mas o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, já indicou o tom desta conversa. "Este tipo de atentado, além de ilegal, é uma grave ameaça contra os valores democráticos". Um tucano notório, amigo do peito de FHC e serviçal da Veja, o jornalista Reinaldo Azevedo, também já voltou a soltar suas notinhas sobre "o impeachment de Lula". Ou seja, as peças do quebra-cabeça desta nova conspiração golpista vão se encaixando. Só a mídia venal, parte dela bancada por Daniel Dantas, finge não enxergar.

Por Altamiro Borges, jornalista, membro do Comitê Central do PC do B e autor do livro recém-lançado "Sindicalismo, resistência e alternativas" (Editora Anita Garibaldi).

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