sábado, dezembro 27, 2008

Casal processa United Airlines por briga causada por bebida

O casal de japoneses Yoichi e Ayisha Shimamoto está processando a companhia United Airlines por negligência no controle de bebida alcoólica. Em dezembro de 2006, num vôo entre Osaka, no Japão, e São Francisco, nos Estados Unidos, Yoichi bebeu demais e brigou com a mulher quando chegaram à cidade.

O japonês estava tão embriagado "que não podia se controlar", segundo seus advogados. Na reclamação, eles afirmam que os comissários ofereciam um vinho a cada 20 minutos.

O processo foi protocolado na Corte Federal de Tampa, na Florida, informa o jornal Chicago Tribune. Yoichi foi preso acusado de conduta desordeira e por ferir a mulher depois de batê-la por seis vezes. O japonês recebeu uma condenação de 18 meses.

Segundo especialistas entrevistados pelo jornal, a ação é incomum e envolve uma discussão sobre a aplicação de uma lei comum nos EUA, que responsabiliza os donos de bares por prejuízos causados pelos clientes. A questão de fundo é saber se um bar a 40 mil pés de altura em território internacional está sujeito a este tipo de lei.

"A empresa deve alegar que não há nenhum delito em uma ação como esta no espaço aéreo internacional", diz James Speta, professor da Northwestern University Law School.

Para a defesa do casal, no entanto, a conduta da United foi "deliberada, imprudente, intencional e feita com desrespeito pelos demandantes e todos os passageiros."

Yoichi foi proibido de voltar ao Japão enquanto não cumpria a pena. O casal pede uma indenização de US$ 100 mil por causa dos custos que teve enquanto esteve nos EUA. A pena foi cumprida na Flórida, onde a mulher tinha uma casa. Por isso, a ação foi protocolada no estado. O casal ainda quer receber por danos morais.

A empresa afirma que " uma ação judicial que sugere que somos de alguma maneira responsável pelas conseqüências de um passageiro de agressões físicas por sua própria esposa está sem mérito algum."

As companhias aéreas são freqüentemente processadas por atos cometidos por passageiros bêbados. Em geral, a ação é movida por um passageiro ou por um comissário de bordo. A novidade do caso, segundo especialistas, é que a ação foi movida pelo próprio passageiro bêbado. "Geralmente, os tribunais não têm sido receptivos às pessoas dizendo: Eu pedi a bebida, e você me deu'", diz Speta.

C/Agências

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