quinta-feira, março 05, 2009

Mudança na Abin só após elaboração da política nacional de inteligência, diz Jorge Felix

Mesmo com a criação de um comitê ministerial para elaborar uma política nacional de inteligência, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) vai continuar sob o comando de Wilson Roberto Trezza, pelo menos até o grupo apresentar a proposta final. A afirmação é do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), Jorge Armando Felix, órgão ao qual a Abin está subordinada. “A sucessão da Abin vai [ficar para] depois de terminar o trabalho”, disse.

Trezza está na direção da Abin desde setembro do ano passado, quando o então diretor Paulo Lacerda foi afastado do cargo devido a suspeita de que agentes do órgão tenham realizados escutas telefônicas clandestinas para monitorar autoridades durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, entre elas, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

O comitê teve a primeira reunião ontem (4), com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro Felix não mencionou prazos para a conclusão dos trabalhos do comitê, informou somente que há pressa. Mas fontes do Planalto disseram que o presidente Lula quer alguma proposta dentro de três meses.

Apesar de já ter defendido a realização de escutas telefônicas por parte da Abin, desde que com aval do Congresso Nacional, o general evitou assumir posições por causa do trabalho do comitê. “Agora, nenhum de nós tem posição. O trabalho vai ser feito. Se como conseqüência do trabalho for detectado que é preciso, será proposto. Se detectar que não é preciso, não será proposto”, afirmou.

O comitê ministerial é coordenado pelo ministro-chefe do GSI e integrado pelos ministros da Casa Civil, da Justiça, da Defesa, das Relações Exteriores, do Planejamento e da Secretaria de Assuntos Estratégicos.

Por Carolina Pimentel

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