terça-feira, março 31, 2009

VENDAS NA INTERNET - CONSUMIDOR SATISFEITO OU COM PROBLEMAS?

O e-commerce é uma realidade para pequenas, médias e grandes empresas e segue uma tendência mundial de garantia de sobrevivência, em alguns casos. Falamos de um mercado que deverá crescer 35% neste ano. Estima-se que o movimento de 2008 foi de R$ 8,5 bilhões. Ao mesmo tempo, o número de tentativas de fraudes na internet também cresceu 96% no segundo trimestre. O fato dos e-consumidores ainda não contarem com um órgão específico para dirigirem suas reclamações, contribui para a falta de informações fundamentadas em pesquisas sobre e-commerce.

As fraudes, no ambiente de transações online, acontecem diariamente, e este cenário deve-se, muitas vezes, pelo próprio comportamento dos e-consumidores que, visando adquirir vantagem, buscam produtos com preço inferior ao praticado pela maioria das lojas virtuais, e ainda são seduzidos pela beleza do website, não dando a atenção necessária aos itens básicos de segurança.

Hoje, o mecanismo de segurança mais difundido nos sites de e-commerce é o certificado digital. Mas o que ele realmente faz? Ele é suficiente? Na realidade, um certificado digital é um documento eletrônico usado para identificar as duas partes de uma transação eletrônica, através da criptografia das informações, e para garantir a autenticidade do website, nada mais.

Mas, a segurança deve ser considerada sob vários aspectos. Primeiro, o internauta precisa verificar se a área que está navegando inicia-se por HTTPS (e não http), a linguagem em que o website foi desenvolvido, a programação, onde estão instalados o servidor, tipo de sistema operacional, a infra-estrutura que protege esse servidor, entre outros. Somente a partir dessa análise é possível afirmar que o website possui segurança.

Existe um paradigma de mercado no qual quase 100% das empresas que oferecem certificado digital utilizam em seu selo a expressão “Site Seguro”. Porém, este é um conceito errôneo, já que segurança vai muito além dos aspectos convencionais. A tecnologia proporciona formas incríveis de comprar, mas também oferece a abertura para diversos riscos. Novas ameaças virtuais surgem a cada dia, por isto, a análise de vulnerabilidades de um e-commerce é fundamental como forma de sobrevivência em um mercado competitivo.

A falta de segurança expõe a empresa e seus clientes, uma vez que a página está suscetível a alterações sem autorização e ao roubo de dados. Deste modo, investir em soluções de segurança não é um custo e sim um investimento.

Os websites de e-commerce devem disponibilizar políticas de segurança desenvolvidas unicamente para este fim, e precisam ser acompanhados de uma assessoria jurídica especializada para surtir o efeito desejado e para estarem alinhados às leis vigentes como políticas de privacidade, políticas de troca e devolução, comprovação de entrega do produto com nota fiscal, campos para contato entre o e-consumidor e o portal, dentre outras.

Um website “bonito”, com promoções relâmpago, seduz o e-consumidor, mas infelizmente também incitam criminosos a praticarem golpes, visto que a falta de contatos adequados, falta de políticas e de segurança, selos clonados e pagamentos via depósito em conta corrente não incomodam o “leigo” e-consumidor.

Esta falta de consciência pode causar um péssimo impacto no novo e-consumidor quando, ao realizar sua primeira compra em um ambiente “ilegal”, não recebe o produto no período contratado e talvez nunca receba, ficando o trauma e a falsa sensação de que a internet não é segura para compras.

No mundo real ou virtual, ainda não é possível oferecer 100% de segurança, mas sim fazer com que o ambiente seja confiável e garanta satisfação ao cliente. Imagine um ambiente onde você aja pró-ativamente com relação a quesitos de segurança, e a empresa seja reconhecida pela transparência com o e-consumidor por fornecer confiabilidade e, mais do que isso, onde o usuário não desista das vendas ao ir para a parte final de suas compras - o carrinho virtual.

Isso significaria não apenas o crescimento do e-commerce, como estimularia a concorrência “legal”, na qual pequenas e médias empresas teriam possibilidades de oferecer um serviço de qualidade e confiável a seus clientes.

Para chegar a este ambiente, é preciso investir na conscientização dos usuários e esses, por sua vez, no entendimento dessas ações, ajudando assim a coibir fraudes. Em geral, a segurança proporciona a preservação de tudo o que é importante. Para as empresas, alto valor agregado e a fidelização de seus clientes. Para os usuários, a tranqüilidade para efetuar compras na web e a certeza da expectativa atendida ou superada.

Fonte: Decision Report

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