domingo, setembro 13, 2009

Italianos apostam na extradição de Battisti

Dois dias depois da suspensão do julgamento do ativista Cesare Battisti no STF (Supremo Tribunal Federal), representantes do governo italiano reforçaram o discurso em favor da extradição do antigo integrantes do grupo Proletários Armados pelo Comunismo.

Pelo menos três ministros do governo de Silvio Berlusconi criticaram a concessão do refúgio ao italiano ou se disseram confiantes de que as autoridades brasileiras o devolverão a seu país de origem.

Durante uma visita à cidade de Gubbio, o ministro da Justiça da Itália, Angelino Alfano, disse não ver razões para que Battisti seja considerado um preso político. O entendimento de que os crimes cometidos pelo ativista teriam essa natureza ajudou a embasar a decisão do titular da mesma Pasta no Brasil, Tarso Genro, de lhe conceder o status de refugiado. "Battisti não é um preso político, é um assassino condenado por seus crimes. A Itália é um país livre e democrático, que certamente fará com que Battisti possa cumprir a pena segundo os princípios de um país livre e democrático", afirmou Alfano, conforme a agência de notícias italiana Ansa.

Na quarta-feira, o Supremo começou a analisar o caso de Battisti, mas o julgamento foi suspenso após um pedido de vista apresentado pelo ministro Marco Aurélio Mello. A votação está empatada e deverá ser decidida pelo presidente do STF, ministro Gilmar Mendes. No dia do julgamento, Berlusconi disse confiar na "sabedoria" da Justiça brasileira.

Ontem, o ministro da Defesa na Itália, Ignazio La Russa, preferiu evitar críticas ao governo brasileiro ou ao STF. Ele disse ter ficado "um pouco preocupado" com a suspensão.

C/A

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