segunda-feira, setembro 21, 2009

PF deve usar sistema de monitoramento por aviões não tripulados ainda este ano

Um novo sistema de monitoramento nacional por aviões não tripulados deve ser colocado em prática, ainda este ano, pela Polícia Federal (PF), em todo o território nacional.

A informação foi dada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, hoje (21), em Manaus, durante a abertura da 21ª Reunião do Grupo de Trabalho da Interpol para Crimes Contra a Vida Selvagem. De acordo com o ministro, o sistema faz parte de um grande projeto denominado Vant e já se encontra funcionando em caráter experimental em Foz do Iguaçu (PR).

“O projeto será estendido para todo o país. Não podemos ter a ilusão de que teremos o controle físico de toda a área de fronteira. Isso é
impossível. Temos que ter o controle tecnológico e projetos estratégicos”, disse.

Segundo o ministro, o projeto Vant representa um dos esforços do governo federal no sentido de promover a segurança nacional e coibir,
por exemplo, os crimes ambientais. Com 16 metros de envergadura e uma autonomia de vôo de 36 horas, os “aviões espiões” que foram comprados serão capazes de enxergar túneis subterrâneos e monitorar o contrabando de armas, o tráfico de drogas e os grupos armados nas fronteiras e nas favelas.

Em entrevista à Agência Brasil, o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, explicou que as aeronaves são fabricadas em Israel e
permitem a identificação de pessoas até mesmo em baixo da copa das árvores, após a emissão de um tiro, pelo calor gerado. Também serão
capazes de interagir com satélites.

“É uma grande ferramenta de inteligência para a Polícia Federal, que vai nos permitir monitorar as regiões ininterruptamente. Em dezembro,
já devem começar a operar”, informou Corrêa.

Serão inicialmente três aviões não tripulados, mas a meta é chegar a 14. Todo o conjunto do projeto, incluindo a infraestrutura de treinamento, a base de comando e as três aeronaves iniciais, está estimado em R$ 50 milhões de dólares. Ainda segundo Corrêa, o projeto Vant terá cinco sedes no Brasil, sendo uma delas na Amazônia.

“Com esses três [aviões] poderemos cobrir boa parte do território brasileiro, incluindo a Amazônia”, garantiu o diretor-geral da PF.

Por Amanda Mota

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